Biomutant – Um Mundo Biologicamente Modificado

Antes de começar temos algumas considerações a fazer:

1 – O jogo foi gentilmente cedido pela THQ Nordic/Experiment 101

2 – O Embargo caiu no dia 24/05/2020 às 14h Horário de Brasília

3 – Foram permitidas até 4 horas de streaming. O review é baseado nestas 4 primeiras horas.

4 – Esta é o review inicial e, quando terminarmos o jogo, forneceremos o RVF NewsInside (Review do Veredito Final).


O Vod da live-review pode ser assistido aqui e ao longo da semana jogaremos ele por completo.

Desde o seu lançamento, tenho ficado de olho no “Biomutant”. No trailer do anúncio, vimos de “cara” um panda vermelho correndo pela floresta, segurando uma espada longa, em determinado momento um ogro enorme aparece e o confronto começa. Na sequência então vemos ‘BIOMUTANT’.

O que devo dizer sobre o jogo inicialmente? Até agora, tudo o que tenho a dizer é que ele é bom em todos os aspectos.

Gameplay

Biomutant é um RPG de ação de mundo aberto, mas ao contrário de muitos jogos hoje, Biomutant é muito cuidadoso com relação ao seu mundo aberto.

Mundo:

Temos uma ambientação de duas, três ou mais “camadas” que nos levam ao subsolo, fotos nas paredes que começam quests secundárias além de encontrar novas armas nelas. Prédios que são puzzles para itens importantes, ou prédios que abrem portas e trancas, que podem nos levar para outro local… Mesmo no plano geral do mapa temos portas escondidas, paredes que precisam de armas especiais para serem abertas e até mesmo montarias diferenciadas que nos levam a um novo local. Todo o mapa de Biomutant é bem recheado e muito bem trabalhado em todo o seu visual, NPCs, inimigos bem distribuídos e até mesmo locais destruídos tem um motivo e/ou pretexto na lore para estar ali.


No quesito de mundo aberto isso é tudo que posso dizer sem dar spoiler do game.

Outro detalhe interessante é que temos uma consciência que sempre interage com nós mesmos nos dando basicamente boas ou más escolhas: Fazer o bem ou ser o errado que quer levar vantagem em tudo. Isso influencia bastante nas escolhas da parte mais central de RPG do jogo, no tipo de perks que ganharemos ou deixaremos de ganhar, e até mesmo como o mundo e personagens reagem a nossa presença… Para quem já jogou InFamous 1 e 2 assim como o Second Son, já vai estar bem familiarizado com esta mecânica. Eu particularmente achei muito bem adaptado ao jogo, exceto pelo momento que surge o clássico diabinho e anjinho nos nossos ombros, onde acaba nos gerando a dúvida se estes dois personagens – que são a manifestação da nossa consciência – realmente estão em nós como seres vivos ou são apenas projeções visuais da nossa consciência para o jogador. No fim eu gostei bastante de como essa técnica foi aplicada ao gameplay, ao mundo e até mesmo ao combate.

Combate:

O Combate do jogo é algo tão bom que classificaria até como “fora da curva” de um RPG de ação, onde você não usa apenas espadas ou armas de fogo, mas também pode usar os dois ao mesmo tempo junto com habilidades que utilizam, por exemplo, estamina. O combate comum com os botões de face do controle são livres ao seu uso, já que Biomutant NÂO É um soulslike. A estamina é sim usada e faz parte das mutações do seu personagem, onde incluem: chamas, bola faiscante e teletransporte (que gera um rastro com dano), sendo assim cerca de 8 poderes Psiônicos (pelo menos até o momento pudemos observar 8). Com isso, há uma lista bem generosa de Biogenéticas: Mutações que podem causar danos em uma área, um vomito radioativo, um raio de fumaça venenoso, bolha de muco e outras que vamos evoluindo com o tempo.

Sendo assim, podemos mesclar todas as habilidades Psiônicas, Biogenéticas com combate corpo a corpo e usar alguma arma, que pode ser de fogo, espadas ou luvas em propulsão a jato.

Biomutant é um jogo com ação bem frenética com uma grande variação usando o seu estilo de combate marcial único chamado de Wung Fu (que é explicado na lore do jogo) e temos toda uma variação de movimentos onde podemos apender mais conforme avançamos no jogo e subimos de nível.

Para fechar sobre o tema combate do game, podemos dizer que as luvas de combate corpo a corpo são algo muito importante, pois com elas que podemos dar dano elemental. Começamos com uma luva de raios e logo após uma luva que não possui um elemento definido, mas tem a dupla funcionalidade de, além de usar em combate, podermos destruir alguns locais do cenário para descobrir segredos e itens escondidos e até novas áreas inacessíveis se você estiver sem esse equipamento.

Nota: 8 de 10 Insiders

História

Como explicado no início, nossa live de review só pode chegar até 4horas de jogo, fizemos internamente pelo relógio do game 3h40min, a live-review foi cerca de 3h52m.

A lore do game se situa em um mundo devastado pela ganância e exploração extrema dos recursos naturais do planeta, nós humanos até onde se indica, poucos dos que sobraram viajaram para outro planeta em busca de um novo local para chamar de lar, até onde jogamos não diz a aonde exatamente foram ou se realmente são humanos, já que é penas citado como ‘’os antigos’’ e nem a quanto tempo se foram, mas pelo visto pode ter sido a centenas de anos, já que cidades estão tomadas pela natureza e a mudança geográfica já não é mais a mesma.

Os animais começaram a mutar-se e ter seus próprios reinos e aldeias. E estão em conflito entre si por um único bem que é restaurar toda a cagada que foi feita por nós humanos (ou não) a centenas de anos (ou até milhares), mas cada qual com sua visão. Como os Miríades que desejam reestabelecer o planeta, não desejam conflitos e sim união de todos os povos, mas são obrigados a lutar já que no final é a única forma de prevalecer, assim como temos a tribo dos Jagni que desejam restabelecer um novo mundo apenas com os mais fortes, já que em sua filosofia apenas os fortes prevalecem e evoluem, os fracos retardam suas ambições.

Nota: 7 de 10 insiders

Parte Técnica

Para a parte técnica, preciso primeiramente esclarecer a máquina que rodamos o jogo e com isso vai ser uma ótima base para quem acha que Biomutant rodaria bem apenas em um Master Race RGB!

Texto

Descrição gerada automaticamente com confiança média
PC médio caseiro giga blaster foda

Biomutant é um jogo desenvolvido em um estúdio com menos de 30 pessoas, grande parte ex-desenvolvedores de Just Cause que abriram a Experiment 101, sendo assim este o primeiro jogo do estúdio, logo no início a THQ o compra para seguirem com o projeto.

Biomutant foi desenvolvido na Unreal Engine 4, basicamente a engine de construção de jogos mais conhecida e explorada nos últimos 8 anos, tendo a Epic Games como sua dona.

Unreal 4 é uma engine muito foda para jogos de estúdios menores, conseguem fazer algo muito bom, em pouco tempo, com pouco gasto. Comparado as devs que criam suas engines e criam o jogo AO MESMO TEMPO e depois sai o jogo cagado, cortado e mal otimizado….FF XV…..Cyberpunk 2077 são exemplos de engines proprietárias e jogos bem mal otimizados ou com reviravoltas que no final sai um jogo totalmente diferente do anunciado.

Porque estamos falando exatamente da Unreal 4 aqui? O que interessa ao jogador saber a engine? Simples, a Unreal 4 traz jogos bem otimizados, mais leves e com visual de ‘’COMO ESSA DESGRAÇA RODA AQUI?’’, vejam o meu setup, vejam o VOD da live, poucos são os stutters, mas o jogo está todo em gráficos ALTA que é 1 antes do máximo que o game proporciona, lembrando que estamos com a copia de review, no dia do lançamento (hoje) haverá uma update geral do game.

Bugs:

O jogo se apresentou praticamente poucos bugs que notar, o único que realmente fez reiniciar o game duas vezes foi devido a meu cabo USB que uso no DS4 estar vacilando, o controle desconecta e conecta logo em seguida, fazendo com que o game perca a música e fique apenas com o som ambiente, combate, falas e narração ficam ok, apenas música do game que some dentro desta situação.

Recursos Técnicos:

Por hora eu vejo apenas 2 pontos técnicos que senti falta.

– Em gráficos não temos a opção de remover o motion blur, para pessoas que tem o famoso Motion Sickness/Enjôo de movimento é um fato de TOTALMENTE NÃO comprar o jogo, pois você vai sim passar mal com isso ativado. O motion blur não existe durante a exploração open world do game, mas durante o combate certos efeitos como o bullet time possuem motion blur, mesmo que tal efeito seja conhecido para poder ocorrer, há formas de melhorar isso sem haver o motion blur. E eu realmente gostaria de poder ajustar a aceleração da câmera no jogo, há um monte de boas configurações anti-enjoo em vários menus.

– Mais uma parte de acessibilidade que vejo faltante, por mais que tenha buscado, são os modos para daltônicos, existem cerca de 6 tipos de daltonismo e nenhum deles foi lembrado no game até o momento.

Diferenciado:

Um ponto diferenciado que vi é o avanço automático dos diálogos, com isso nas transições de cenas podemos ler os diálogos em tempo, sem serem muito rápidos ou estilo Xenogears que demoram uma vida para passar

Mais um ponto também focado ao Motion Sickness/Enjoo, mas desta vez um acerto é poder reduzir de 0 a 100%, de forma gradativa o balanço da câmera que é um gatilho bem grande para quem possui esse estado de enjoo.

Acho que por aqui podemos fechar o review inicial de Biomutant, foram 4 horas incríveis, o que foi prometido em trailers está no jogo e foi entregue de forma correta, para quem estiver na duvida da compra, espero que tenha esse review inicial um bom ponto de escolha para você. O review final será redigido quando finalizarmos o game.

Nota Geral: 9 de 10 Insiders

Biomutant – Um Mundo Biologicamente Modificado
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